Juntar o discurso e a prática na vida é coisa complexa. Não basta pensar, tem-se que viver. E viver dói. Dói saber que o provável futuro que nos espera é praticamente igual ao presente que nos enoja.
Norman McLaren, pioneiro em animação sobre película - isso mesmo!, ele foi o primeiro a ter a grande ideia de fazer animações desenhando, quadro a quadro, sobre a película de uma filmadora -, fez uma animação muito boa. Ei-la:
http://www.youtube.com/watch?v=GTlGpKkWthI&feature=related
O discurso intermediário, a discussão sobre a situação a domina, deixando a preocupação inicial, a situação em si ao deus dará. Não é dfícil ver isso acontecer. Roland Barthes em seu livro "Fragmentos de um discurso amoroso" chama isso de "A Cena", que se restringe a dois seres que dividem um amor ou coisa do gênero. A discussão é mais uma imposição de poder do que pra resolver a situação sobre a qual se discute. Cada um quer ter a palavra final, segundo Barthes.
Vale tanto a pena ter a palavra final? Não acho.
É bom assumir que o ponto de vista alheio resolve melhor a situação, quando de fato resolve.
:)
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