quinta-feira, 30 de julho de 2009

O fim dos tempos

Devaneios do velho Arminius Splinterus. ------ comofas? ------

Não se preocupem, meus amigos, com o fim dos tempos. Ele não existe.

A simplicidade da alma assusta, e por isso inventamos o tempo. O tempo quer passar-se por deus, e sem saber o que fazer, aceitamos tal heresia.

O tempo demorará toda a eternidade para passar, e a esmola que se pode dar à ânsia de viver é tornar-se em fecundo amante do não-tempo, da não-eternidade, da alma, da vida, da existência.

O parecer final que nos dizem será cobrado, é uma ilusão do tempo, passando-se por deus e confundindo o nosso intelecto.

É ardiloso tal inimigo, tem por aliado os que nele acreditam. Penosa se torna a vida quando o tempo é adorado através de suas máscaras.

Mas existe um outro tempo, aquele que realmente existe, que realmente passa. Esse tempo está implicito na maioria das linguas do vasto mundo em que vivemos. E é confundido com o tempo malvado; uma pena.

A derrota do tempo, da eternidade e do medo da simplicidade da alma são o futuro da humanidade.

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