sábado, 21 de maio de 2011

Sentir

Eu sinto.


E não tenho medo de assumir. Eu sinto, e sinto muito. E sinto que não sei dizer, muitas vezes, o que exatamente eu sinto, só sei sentir. E acho que assim sou seu (acho: no sentido de dizer exatamente o que se pensa). E dizer que assim sou eu é perigoso, pois estará sob o crivo dos outros. E os outros tem lá suas concepções sobre mim e o mundo, através das quais me julgarão.

Sussa... assim o mundo é, né? Mas por que o que os outros pensam acaba que incomoda?

Ó, sei lá... mó estranho...

sábado, 23 de abril de 2011

O meu amor

Eu não sei muito o que as pessoas esperam do amor. Talvez a salvação das sandices que vêem ao redor de si, talvez a salvação das mazelas de si mesmas, sei lá. Acho que minha capacidade de viver isolado (e em comunicação com algumas pessoas, ao mesmo tempo! huahuahuahua) me trouxe um olhar muito peculiar sobre o amor.

Outra coisa que contribuiu com essa visão foi a minha tentativa louca de fazer uma forma de ver o mundo um pouco mais digna, justa comigo e com os outros. Acho que falhei - mas aqui eu só acho mesmo, não é aquele 'acho' que diz exatamente aquilo que se pensa.

Vou dizer que o meu amor é um amor do 'venha como está', tipo Jesus aceitando você como você está, lá no meio daquele afã todo de um momento de entrega espiritual. Só que, seja de fato ou seja uma interpretação ruim feita por homens (pelas quais eu aprendi algo sobre ele), Jesus requer mudanças; eu não. Eu espero da pessoa amada sinceridade e cumplicidade, mas não que ela mude. Compreendo que se ela não pode mudar e eu não posso suportar o que ela é (ou se tornou), então é  melhor não estar junto.

É, fica uma compreensão muito racional de amor, mas que se faz necessária num mundo onde muita coisa pode acontecer, onde a intimidade é 3.000 vezes mais complicada que as fachadas que montamos pra conviver com outras pessoas no dia a dia de trabalho, estudos, enfim, poucas intimidades. (Como disse um amigo: intimidade é uma merda, mas uma merda boa.)

Esperar que o outro mude, estar na ansiedade de que as coisas vão melhorar quando o outro mudar é almejar um futuro muito incerto, é querer um mundo já resolvido pra que seja bom nele viver.

Acredito que isso é ruim pois as coisas nunca estão de fato prontas, estão sempre nos processos de ficarem prontas. Nós usufruimos de produtos tecnológicos que não estão prontos em seu âmago, usufruimos de ideologias que nunca resolvem tudo o que precisamos (salvo algumas religiões e seus dogmas que tudo resolvem, de maneira pouco contextual e bastante tacanha), estamos a mercê de uma incerteza a cada instante que se queira 'fotografar' da vida. Então esperar que o outro esteja pronto do jeito que queremos é ter esperança em coisa vã.

Querer que o outro mude e fique 'no ponto' é querer, de certa maneira, a perfeição. E a perfeição, justamente por essa incerteza a que estamos sujeitos, é impossível.

Eu tenho meus ideais de mulher, as coisas que eu não necessariamente suporto, as coisas que eu amo ver, os devaneios de perfeição. Mas de forma alguma eu pretendo que o outro neles se encaixem, eu acredito que isso é injusto com o outro, egoísmo.

Então, por tudo isso, o meu amor é muito mais um amor pelo que a outra pessoa é do que o que ela pode vir a ser.

E é claro: não sou perfeito!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Desejos internos - dump this all

Ah, meu camarada, essas coisas de ser humano. Human being. Ser, ser e ser.

E estar. E viver. E sentar e chorar e fazer. E amar. E sonhar. E se estabacar no chão das próprias emoções quando achava que nada mais sólido havia além daquela rede maravilhosa de sentimentos que tramou-se sob seus sentidos.

E as piras?!, sim aquelas piras de pele com pele, de dente com dente. Aquela calcinha que se mostra um tanto, daquelas sem querer querendo - ou pra vocês, meninas, as cuecas... que seja. Sim sim!!! Aquelas piras, fogo consumidor da moral e dos bons costumes; aquela música que lembra aquela calcinha sapeca e aparecida; aquela brisa que lembra um certo cabelo. Ai ai ai!, esse fogo...

Sentado todo dia dentro de alguém há um desejo perverso, aproveitando a pequena luz deixada por piras antigas. Perverso sim, naquele sentido mais bonito que a palavra pode ter, senão confunde-se a coisa toda da beleza desse sentimento com a perversidade das ações. A perversidade perpetra todo seu desejo, querida, não a diminua. A perversidade saudável se vale das pirações que acendem a pira.

Egoísmo? Não, cada qual leva o seu nisso tudo.


Desejo sexual? Não, não é isso. Mas tá valendo, pode ser também. É só que a moralidade é frágil, é isso. Não que eu seja um tipo de filósofo renomado ou reconhecido com tal, que eu seja bacharel na coisa toda, mas eu me ponho a pensar nas coisas, e eu gosto de pensar demais nelas. Não me envergonho de fazer face aos maiores pensadores das coisas todas, pois se eles eram (ou são) de carne e osso, eu também sou. Nem pretendo que minhas palavras sejam lembradas pelos séculos. Quero dizê-las. (Fim do desabafo sem sentido.)

Pegar a vizinha, a amiga, o amigo, a inimiga, não pegar geral. Ser recatado, fingir não ser olhado, fingir não olhar. Estar sozinho e se dar delícias diversas. Quais são os limites da sua felicidade e da felicidade alheia? A sua perversidade-boa faz maravilhas. Deixe-a solta, tenha-a como aliada. Ela e sua imaginação juntas farão milagres.

O amor pela vida, o sonho de igualdade de direitos, de distribuição de rendas. Que perversidade-boa nunca pensou em coisas pra si só? Elas podem se realizar no seu canto particular de existir e ser nesse mundo. Mas cuidado, faça seu coração e sua mente uma coisa só, de-lhes as asas necessárias e esteja atento.

Mas oh!, o que eu digo... quem sou eu pra tudo isso, pra dar lição de moral?! Essa é a questão: não é lição de moral, é de amoral. Ou seja o que for.

Não consigo ser o que eu pensei que eu era. Muito pior do que matar minha perversidade, eu não a moldei para meus próprios desejos e me dou conta nesse momento de abalo daquilo que achei que construi - e não construi. Meu mundo caiu. O mundo dela se frustrou. Minhas certezas de mim mesmo estão tão confusas que parece não haver perversidade, bondade, moralidade, religiosidade, felicidade, maldade, implicabilidade, axincalhabilidade e tudo o que eu quero escrever que não existe.

E tudo parece tão simples, tão fácil de resolver...

Mas que isso se resolva!

domingo, 16 de maio de 2010

Outro texto

Outro texto da minha agenda atemporal, de 14/01/2010:

Ah! A preocupação humana com explicar a vida e a existência. Eu me fascino com a vida e com a existência.

Mas o ser humano quer explicações, explicações que lhe permita manipular a existência das coisas a seu favor.

Transofrmar um pedaço de terra em ouro puro; transformar o ouro puro em anel. Eses passos requerem técnicas; técnicas requerem uma suposição fundamentada sobre o que virá, sobre o futuro.

Assim, as técnicas requerem um modelo da realidade, e que seja o melhor.

E quanto às crenças sobre a existência como um todo?

É a luta que se faz em mim: há meios de usar as técnicas sem destruir o amviente de uso? Ou deveríamos vver o que a Natureza nos reservar?

Oh! Mulher Infiel

Um poeminha de 03/01/2010 que fiz na minha agenda atemporal:

Oh! Mulher Infiel

"Traiçoeiramente ativa"
"Oh! Mulher infiel"
Que de fel
Cobriu minha cabeça
E minha cobiça
Então se mostrou morta.

Morta?!

Sim, Oh! Mulher Infiel!
Morta. Morreu a cobiça
Cibernética,
Aquela busca insana do reconhecimento
Alheio,
Pelo amor de muitos ao meu trabalho.

Morta é, sim, a cobiça pelo
Reconhecimento digital.

Posto que o meu existir,
Oh! Ingrata inveja,
Esse meu existir material
Me mostrou tão claro quanto possa ser o dia ensolarado de inverno (e cinzento!),
Que você não merece minha
Atenção.
Motivou, disfarçada de ambição,
Um trajeto de aprendizado,
Tortuoso,
Pouco satisfatório.

Me livrei de você! A tempo, ainda bem.

E agora estou aqui, saboreando minha vitória sobre você.

Vitória que me trouxe felicidade,
Inveja Infiel, que você não se mostrou capaz de trazer.

Vitória me trouxe amor, felicidade, dignidade.

Mas principalmente a certeza do que gosto:

Existir!

E, pra terminar, ainda rio, pois você me deu,
Oh! Mulher Infiel,
Uma profissão.

Vitória e Existência
Grato sou!

Princesa

Princesa, Princesa,

Que se escondeu dentro de si mesma por tanto tempo e agora se descobre em si e em mim, me dá forças pra continuar a batalha contra Mim Mesmo e Minhas Imbecilidades, meus entraves filosóficos.

Que se salvou de cair no emaranhamento dos mundos comuns, das Gagas e dos Jacksons, daqueles que vivem a vida pacatamente, crendo em suas coisas invisíveis, que não pensam na vida, que não questionam. Salvou-se, Princesa, e agora eu que peço: me salva!

O que há comigo? O que eu tenho travado em mim que não deixa minha satisfação chegar? Será o sempre querer mais, ir além do além que já estou? Sera o não querer ir além do que já fui? Preguiça? Medo? Dúvida?

O tempo continua me intrigando, mas o conhecimento parou de fazê-lo. Um pouco triste, ou mesmo mal interpretado por mim: talvez não parou de me intrigar, mas meus pensamentos se voltam pra outras coisas, deixando os prazeres antes sonhados (sobre o prazer de conhecer) pra trás.

Esse é o grande dilema, o paradoxo: o que o tempo faz com a gente!? Me transformei em Mim Mesmo, e sempre vou me transformar. Meus quereres nascerão e renascerão, mesclar-se-ão com os novos, com os mais antigos aindas, trazendo Mim Mesmo na ponta da lâmina, dessa lâmina que recebe o futuro e o picota.

Meus "quereres conhecimentais" mudam tanto assim? Será que algum dia eu me fixei em um deles?

Princesa! Eu amo muito muito muito você! Fica comigo?

http://www.youtube.com/watch?v=_X5QbUqVNxQ

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mais um texto

Hey!

Escrevendo de novo, mas nem tanto. Tem muita coisa acontecendo comigo desde o fim do ano, um turbilhão de sentimentos. O maior deles é meu namoro. Que namoro mais complexo. Talvez todos sejam, jaque nunca namorei antes e não tenho como comparar.

Bem, aqui vai mais um texto que achei legal das minhas releituras do meu caderninho de angústias-anotações-idéias-medos-frustrações-bizarrices. bom proveito!

Múltiplas realidades: não viver nenhuma (03/08/2008)

Não é simples viver em um limbo, em uma não-realidade, onde qualquer outra possível realidade pode, imaginariamente (ou será que é real?), ser alcançada.
Numa realidade ser um médco consciente da possibilidade de cura do mundo todo da doença que os assola.
Numa realidade ser um cientista que alerta aos outros cientistas sobre o perigo da própria ciência, dogmatizada.
Numa realidade, ser um programador do submundo Unix, dominador da mágica-profunda que faz esses sistemas funcionarem.
Numa realidade ser o maior catador de mulheres que existe, por ser dono de uma grandiosa e respeitada empresa que cresceu de modo excuso, ao explorar comercialmente o desejo de outras pessoas.
E na realidade, ser apenas um sonhador, máquina pronta a obedecer por acreditar não ter esclha e por se acomodar nessa visão.
Vale mesmo a pena tentar mudar o pensamento humano? Isso é possível?
Pra que se especializar em algo, se praticaete todas as especializações possíveis acabam por servir ao propósito completamente mundao de te dinheiro?
As pessoas normais, assim denominadas por não terem dificuldade em se adequar - ou que relevam isso, e continuam caminhando - têm dificuldade de entender meus questionamentos e meu grande desapego a tdo: elas jádecidiram, ou tentam se convencer disso, sobre os assuntos que me rondam e, em certo grau, me atormentam commo dúvida. As pessoas normais vivem uma vida dupla. Ou será que eu é que sou louco? Terá O Método corrompido o mundo? Ou afalta do Método me corrompido?
A última dúvida: por que é tão difíicl pra mim me adaptar? Ao menos me agarrar a uma das relaidades flutuantes da não-realidade, e vivê-la?

-- publicado sem revisão --