A Academia e eu

Meu deus!

Que saco!!!!

Como é chato estar numa faculdade, estudar em geral. Muuuuito chato.

Mas, enfim, já que tá, que fique.

A questão é: o que é o objetivo da academia, do curso superior? Devemos atender à demanda de "O Mercado" ou formar pensadores? Devemos subervertar a ordem? Devemos repensar o mundo? Devemos expectar o mundo?

Eu, como o "eu" que sou, não tenho capacidade de aprender sem ser obrigado a aprender?

Tenho medo do que essa interpretação dogmática do Método Científico pode trazer ao mundo. Parece que as pessoas não sabem dosar as coisas, o conhecimento que têm.

Após descoberta uma nova coisa, e tão interessante e simples que uma empresa pode aplicar logo em seguida, mas ninguém pensa em saber quais são os efeitos "colaterais" de tal descoberta. Nem fudendo. Vai dar lucro? Que se foda o resto! Se for ruim e alguém descobrir depois, e o dono do empreendimento tiver o retorno boiando num cais, estacionado na suntuosa garagem ou o que valha, é só parar e investir em outra coisa.

Falta, mesmo, é respeito e ponderação. A técnica de nada vale se não se pode viver.

Esse pensamento empreendedor que permeia até mesmo os livros de auto ajuda é muito ruim, faz com que as pessoas acreditem que podem gerenciar a própria vida como se fosse uma empresa qualquer.

Aliás, acredito que o empreendedorismo aplicado às empresas tão somente é pura frustração pela falta de controle que se tem na vida. Aí, ao invés de ponderar e até admirar isso, não!, o povo prefere criar um "circo" no qual as regras funcionem tão perfeitamente quanto pefeito for o controle sobre os elementos que compõem o empreendimento (inclusive as outras pessoas que trabalham para o empreendedor, e que, por serem tão gente quanto ele, também têm vidas não controladas por regras perfeitas).

Eu tenho medo mesmo do que as multinacionais podem fazer pelos seus acionistas. E eita conceito bizarro! Nem se sabe mais quem é dono de uma empresa grande: são vários donos. Não se parabeniza mais uma pessoa, e sim um grupo de acionistas. 0.o

Ouvi algo interessante de Adib Jatene, que me levou a concluir uma ideia já afirmada por outro alguém a mim: o "primeiro mundo" só é o que é por que nos explorou, e nós os tomamos como parãmetro e modelo do que é viver.

Só rindo mesmo dessas indignações.

E o que isso tem a ver com a física?

Olha só: o mundo tá uma merda, e dificilmente ouve-se de algum físico que quis mudar isso, ou que pensasse nisso. Ficar feliz e gostar de coisas específicas todos gostamos. Mas não podemos esquecer que vivemos em sociedade.

Respeito e ponderação.

Recomendo foretemente: "O Elogio ao Ócio" de Bertrand Russell.