Um dia eu tive uma conversa. Foi com uma pessoa muito querida.
Essa pessoa me fez ver minha mãe como uma pessoa, e não só como "mãe"; me fez ver que ela tem defeitos, que ela tem qualidades e afins.
Essa pessoa me fez ver que o que todo mundo acredita não existe, que, no fim, o que sobra é algo bastante individual, de "foro pessoal". E também que a gente tem que respeitar as outras pessoas.
Em especial, tivemos uma conversa uma vez, enquanto andávamos de Metrô, em São Paulo, com a qual eu sonho ainda hoje, tentando lembrar os detalhes.
São dessas coisas que passam por nós e fazem parte dos tipos que fundamentam uma existência - pelo menos os questionamentos. Foi legal. Inusitado.
Acho que devo a essa pessoa muito dessa minha capacidade de verificar o novo e o estranho e o bizarro sem me chocar ao extremo, verificar com parcimônia, calma e respeito.
Fico feliz e agradeço a essa pessoa.
Eu quero lutar uma luta que parece não fazer mais sentido nesse mundo de meu deus. Quero lutar a luta da liberdade, do respeito, da felicidade. Mas muita gente quer lutar a luta do socialismo, do capitalismo, do social-capitalismo, do stalinismo ... so on ... e, no fim, ficam viciados em termos e práticas que não levam senão à manutenção da inércia.
Recomendo fortemente: "Sandman" de Nail Gaiman.
Beijoos!
2 comentários:
Lindo!
Espero que você não perca nunca essa ingênua vontade de lutar. Porque mesmo luta (que parece ser algo que exige muita malícia e sagacidade), precisa de ingenuidade. É essa ingenuidade que acredita na guerra para a mudança, que acredita no utópico e o faz existir a partir de farelos reais e materias, farelos palpáveis para criar-se realidades impalpáveis.
Siga e persista nisso! Porque eu já perdi em algum lugar lá atrás.
Beijos
Liiiiiiindo. Emocionei.
Bom, carinha, agora vou embora, beijão da Maryzinha.
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