domingo, 5 de dezembro de 2010

Desejos internos - dump this all

Ah, meu camarada, essas coisas de ser humano. Human being. Ser, ser e ser.

E estar. E viver. E sentar e chorar e fazer. E amar. E sonhar. E se estabacar no chão das próprias emoções quando achava que nada mais sólido havia além daquela rede maravilhosa de sentimentos que tramou-se sob seus sentidos.

E as piras?!, sim aquelas piras de pele com pele, de dente com dente. Aquela calcinha que se mostra um tanto, daquelas sem querer querendo - ou pra vocês, meninas, as cuecas... que seja. Sim sim!!! Aquelas piras, fogo consumidor da moral e dos bons costumes; aquela música que lembra aquela calcinha sapeca e aparecida; aquela brisa que lembra um certo cabelo. Ai ai ai!, esse fogo...

Sentado todo dia dentro de alguém há um desejo perverso, aproveitando a pequena luz deixada por piras antigas. Perverso sim, naquele sentido mais bonito que a palavra pode ter, senão confunde-se a coisa toda da beleza desse sentimento com a perversidade das ações. A perversidade perpetra todo seu desejo, querida, não a diminua. A perversidade saudável se vale das pirações que acendem a pira.

Egoísmo? Não, cada qual leva o seu nisso tudo.


Desejo sexual? Não, não é isso. Mas tá valendo, pode ser também. É só que a moralidade é frágil, é isso. Não que eu seja um tipo de filósofo renomado ou reconhecido com tal, que eu seja bacharel na coisa toda, mas eu me ponho a pensar nas coisas, e eu gosto de pensar demais nelas. Não me envergonho de fazer face aos maiores pensadores das coisas todas, pois se eles eram (ou são) de carne e osso, eu também sou. Nem pretendo que minhas palavras sejam lembradas pelos séculos. Quero dizê-las. (Fim do desabafo sem sentido.)

Pegar a vizinha, a amiga, o amigo, a inimiga, não pegar geral. Ser recatado, fingir não ser olhado, fingir não olhar. Estar sozinho e se dar delícias diversas. Quais são os limites da sua felicidade e da felicidade alheia? A sua perversidade-boa faz maravilhas. Deixe-a solta, tenha-a como aliada. Ela e sua imaginação juntas farão milagres.

O amor pela vida, o sonho de igualdade de direitos, de distribuição de rendas. Que perversidade-boa nunca pensou em coisas pra si só? Elas podem se realizar no seu canto particular de existir e ser nesse mundo. Mas cuidado, faça seu coração e sua mente uma coisa só, de-lhes as asas necessárias e esteja atento.

Mas oh!, o que eu digo... quem sou eu pra tudo isso, pra dar lição de moral?! Essa é a questão: não é lição de moral, é de amoral. Ou seja o que for.

Não consigo ser o que eu pensei que eu era. Muito pior do que matar minha perversidade, eu não a moldei para meus próprios desejos e me dou conta nesse momento de abalo daquilo que achei que construi - e não construi. Meu mundo caiu. O mundo dela se frustrou. Minhas certezas de mim mesmo estão tão confusas que parece não haver perversidade, bondade, moralidade, religiosidade, felicidade, maldade, implicabilidade, axincalhabilidade e tudo o que eu quero escrever que não existe.

E tudo parece tão simples, tão fácil de resolver...

Mas que isso se resolva!

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