sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sãmer Taimes

Hé hé hé, meu véio, a vida come solta e ninguém prende.

Ela não usa camisinha, daí a gente engravida de idéias, fica constrangido diante da família. Tem até aqueles que dizem que você ficou louco. Principalmente quando o que passa pela sua cabeça contraria muito ou tudo daquilo que você aprendeu, mesmo que seja com seus amigos.

Há planos de mudar, mudar comportamento, mudar pensamento, mudar estilo, virar pastor e comer todas as menininhas de uma cidade pacata. Mas pra quê, meu véio, me diz? Há planos de ser mais estudioso, entender o que se passa. Mas tem gente que nunca entendeu nada, e morreu rico... pra quê, meu véio, pra quê estudar?
Havia uma vontade sensacional de ser um mestre da computação, em um determinado ser, uma sensacional vontade de computar os mestres, de mestrar a sensação de computar, de computar a sensação de ser um mestre, de ter em suas mãos a pedra filosofal, ou, que seja, a pedra do gênesis.

Mas aí eu lê pergunto, meu véio: o que vem a ser a vontade? Por que você tem ela? O que motiva seu estudo?


Hé hé hé, meu véio, a vida come solta e ninguém prende.


Reprimiram ocê, meu véio, a ponto d'ocê nem saber o que quer? Agora se solte, meu véio, seja você mesmo. Isso passa; isso é só por que você é novinho. Quando ficar velho, meu véio, você terá sua empresa, vai querer o lucro nosso de cada dia, faltai onde for. A ferrugem, que corrói, toma sempre conta do corpo, mais cedo ou mais tarde, mas você sentirá necessidade de um antioxidante, como vaselina (O.o).

Tem jeito, meu véio?

Acho que o jeito é que sempre vai ter alguém lutando por isso, e outro por aquilo.

Quem é você, meu véio, quem?
Quem lê reprimiu?

"(..)
Quase ano 2.000

Mas de repente avanço
A mil e oitocentos e trinta e oito
Eu digo avanço porque é claro
Que os homens por ali
Estão pra lá dos homens do ano 2.000
(...)
E lá vamos nós
Seguindo a frente fria
Pampa a dentro e através
Séculos XIX e XXI fundidos sob o céu
Que estende tanta luz
No campo rubro a meus pés"

Vitor Ramil - Indo ao pampa

3 comentários:

Unknown disse...

Sinais de decadência:

eu mesmo comentando meu blog...

Douglas disse...

q

Gostei do que você escreveu. É um bom modo de se isentar de tudo e dar espaço para o pluralismo, ou um bom modo de enxergar a verdade.

Olhe com atenção.

Bruno Omena disse...

Que isso?
Um protésto contra o falso moralismo e hipocrizia?

Muito bom!!!!!!!!!


Mas tempere suas palavras meu véio...Pq o "jorro" de idéias não pode sobrepuljar a real verdade da corrrupção do gênero "sapiens"....


Ou não "sapiens"?????