Sim, quase 1 ano e meio depois, uma nova postagem. Insistência de Douglas e vontade minha. Minhas divagações andam a mil ultimamente, e fica difícil colocá-las num "papel".
Antes de colocar o texto que quero aqui, algumas atualizações:
Larguei o Mackenzie. Não condizia mais com minhas expectativas, eu não condizia com as expectativas do curso, eu não estudava direito .. blá ...
Fiz um ano de cursinho, tentando trabalhar junto. Nada muito produtivo, mesmo porque não gosto de cursinho. Foi mais como um auto-castigo 0.o .
Me apaixonei grandiosamente e mais uma vez me decepcionei grandiosamente.
Passei na FUVEST e estou na USP de São Carlos, cursando Bacharelado em Física Computacional. Curso legal, assim como a maioria dos cursos de exatas em um campus-excelência em exatas: cabresto total. Não há formação de um indivíduo por completo, só de um físico, matemático ou engenheiro. Uma bosta nesse sentido.
Fora isso, não tenho muito o que falar. Tá tudo meio zoneado aqui dentro da minha mente. Por isso eu deixo minha reestreia por conta de um texto que escrevi em 25 de outubro de 2008, uma estorinha.
A fabulosa noite do velho Lico
"Incorruptível. Essa é a única palavra que me salta da mente, sobre ela própria. Pelo menos assim me vejo e assim me vi durante toda a minha vida."
"E agora, aqui estou! Entrevado sobre essa cama, como um estorvo para a minha família e um fardo para mim mesmo."
"Mas mesmo assim, minha mente é incorruptível."
"Não, não! Nunca que por causa de minhas longas conversas com o Sr. Guarda-Roupas de Mogno poderia eu crer que se corrompeu minha mente."
Dá-se uma pausa no diálogo. Ou no que for isso.
"Como?! Não acredita que eu possa conversar com ele?! Mas veja só, como é gracioso o andar dele. Não há nada de errado com isso. Tenho dito!"
"Ah, sei! Então você diz que eu estou louco? Estou louco nada, estou mais vivo do que nunca, pois que carregar a mim mesmo como um fardo me fez mais homem, mais são. Todas as noites saimos eu, o Sr. se Mogno e Srta. Cama a carregar-me para longos passeios."
"Você nunca viu?! Nunca me viu sair daqui? Como não, se saimos aos risos, nos tons mais altos possíveis? Não lhe entendo: me espia todo santo dia e não nota as coisas mais simples?"
"Mas não me venha com essa história de sempre, que estou louco, pois, como disse a você, minha mente é como a verdade: incorruptível. Tanto é que, pergunte àquela distinta moça pendurada no teto, eu sempre lembro o caminho de volta, mesmo depois de beber litros de pinga comigo mesmo como fardo, com Sr. de Mogno e Srta. Cama, lá no bar do Urso."
"O quê? Não me diga que não conhece o bar do Urso? Pois é aquele bar que fica a três quadras, Noroeste daqui. É muito simples ir e voltar: pegue reto o caminho daqui do quarto até o banheiro e, antes de chegar lá, atravesse a parede da direita, e ande apenas três passos, Depois, coisa de uns cinco minutos (viu?! minha mente lembra até do tempo certinho!) uma escada de um dirigível vai descer, e esse dirigível o levará de dentro da parede para fora dessa ilha. Quando o dirigível chegar perto da Estrela Cadente, pule bem alto e pronto, já estará no bar do Urso. Mas seja cuidadoso, ele arranca o braço de quem o afronta, mesmo depois de bêbado. Vê ali, perto do material de costura que o Dr. Abajour segura? Então, é o meu terceiro braço, que eu guardo para uma possível necessidade."
"sabe, seu Lico, o que eu não entendo..."
"Fala, pode falar, somos amigos."
"Eu não entendo como eu, mesmo sendo você todo o tempo, não lembro dessas coisas."
"Essas coisas, meu caro, não são para entender, são para se viver. Há alguns anos eu pensei que estava louco, que toda a realidade desmoronava sobre mim, mas acabei por compreender que era a libertação da incorruptibilidade da minha mente, e que nunca mais eu me enganaria novamente."
"Mas eu... eu tenho medo de continuar a ser você, e ficar louco, como..."
"Como eu?! Já disse: estou bem! Não importa se minha cabeça está grudada no meu pé, ao mesmo tempo que o cachorro que guarda a varanda da boca da baleia lhe lambe a face, o que importa é a incorruptibilidade da verdade que move o mundo: a minha mente!"
De repente, todo suado, velho Lico se senta na cama, aliviado por ser só um sonho, e por notar que tudo está em seu devido lugar.
Já acalmado, volta-se para si mesmo, deitado ao seu próprio lado, e diz:
"Não estou louco, meu caro, estou muito bem."
Enjoy!
"E agora, aqui estou! Entrevado sobre essa cama, como um estorvo para a minha família e um fardo para mim mesmo."
"Mas mesmo assim, minha mente é incorruptível."
"Não, não! Nunca que por causa de minhas longas conversas com o Sr. Guarda-Roupas de Mogno poderia eu crer que se corrompeu minha mente."
Dá-se uma pausa no diálogo. Ou no que for isso.
"Como?! Não acredita que eu possa conversar com ele?! Mas veja só, como é gracioso o andar dele. Não há nada de errado com isso. Tenho dito!"
"Ah, sei! Então você diz que eu estou louco? Estou louco nada, estou mais vivo do que nunca, pois que carregar a mim mesmo como um fardo me fez mais homem, mais são. Todas as noites saimos eu, o Sr. se Mogno e Srta. Cama a carregar-me para longos passeios."
"Você nunca viu?! Nunca me viu sair daqui? Como não, se saimos aos risos, nos tons mais altos possíveis? Não lhe entendo: me espia todo santo dia e não nota as coisas mais simples?"
"Mas não me venha com essa história de sempre, que estou louco, pois, como disse a você, minha mente é como a verdade: incorruptível. Tanto é que, pergunte àquela distinta moça pendurada no teto, eu sempre lembro o caminho de volta, mesmo depois de beber litros de pinga comigo mesmo como fardo, com Sr. de Mogno e Srta. Cama, lá no bar do Urso."
"O quê? Não me diga que não conhece o bar do Urso? Pois é aquele bar que fica a três quadras, Noroeste daqui. É muito simples ir e voltar: pegue reto o caminho daqui do quarto até o banheiro e, antes de chegar lá, atravesse a parede da direita, e ande apenas três passos, Depois, coisa de uns cinco minutos (viu?! minha mente lembra até do tempo certinho!) uma escada de um dirigível vai descer, e esse dirigível o levará de dentro da parede para fora dessa ilha. Quando o dirigível chegar perto da Estrela Cadente, pule bem alto e pronto, já estará no bar do Urso. Mas seja cuidadoso, ele arranca o braço de quem o afronta, mesmo depois de bêbado. Vê ali, perto do material de costura que o Dr. Abajour segura? Então, é o meu terceiro braço, que eu guardo para uma possível necessidade."
"sabe, seu Lico, o que eu não entendo..."
"Fala, pode falar, somos amigos."
"Eu não entendo como eu, mesmo sendo você todo o tempo, não lembro dessas coisas."
"Essas coisas, meu caro, não são para entender, são para se viver. Há alguns anos eu pensei que estava louco, que toda a realidade desmoronava sobre mim, mas acabei por compreender que era a libertação da incorruptibilidade da minha mente, e que nunca mais eu me enganaria novamente."
"Mas eu... eu tenho medo de continuar a ser você, e ficar louco, como..."
"Como eu?! Já disse: estou bem! Não importa se minha cabeça está grudada no meu pé, ao mesmo tempo que o cachorro que guarda a varanda da boca da baleia lhe lambe a face, o que importa é a incorruptibilidade da verdade que move o mundo: a minha mente!"
De repente, todo suado, velho Lico se senta na cama, aliviado por ser só um sonho, e por notar que tudo está em seu devido lugar.
Já acalmado, volta-se para si mesmo, deitado ao seu próprio lado, e diz:
"Não estou louco, meu caro, estou muito bem."
Enjoy!
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